Crítica: Rocketman O Filme
Genteeeeeee, a cinebiografia de Elton John não poderia ser diferente, mistura musical, drama e fantasia.
Rocketman conta a vida do cantor britânico, desde a infância, passando pelo início de sua carreia, sem deixar de mostrar os demônios internos e externos que assolaram a vida desse artista que vendeu mais de 300 milhões de cópias e acumula prêmios como: Grammy, Oscar, Globo de Ouro, Tony entre outros… Além de ser agraciado por sua majestade, Rainha Elisabeth, com o título de cavaleiro celibatário tornando-se Sir Elton John.
Com tantas conquistas, o que poucos sabem é que houve um caminho tortuoso até a chegada do sucesso, e o filme mostra isso com brilhantismo, não apostando em um único gênero. E é essa ideia que torna a obra original, além da narrativa interessante o filme usa e abusa das composições do Sir Elton, o que já é um deleite aos fãs.
É inevitável as comparações ao Bohemian Rhapsody, por se tratar de uma cinebiografia de outro grande astro da música, mas as comparações param por aí! Com a anuência do próprio cantor, o filme é bem realista trazer para a tela todos os demônios que permearam a vida do cantor, e mostra como aquele garoto tímido e gordinho se tornou o grande astro do pop inglês. Vemos também toda sua luta contra o alcoolismo e a dependência química que começou a trazer problemas no auge da sua carreira mundial.
O roteiro costura todos esses elementos de maneira sóbria, enquanto a direção de Dexter Fletcher (substituiu Brian Singer quando ele foi demitido de Bohemian Rhapsody) é bastante inventiva pois une o drama e a sobriedade do roteiro a fantasia e ao glamour que rodeavam a vida do Elton, sem causar estranheza para quem está assistindo.
Em determinados momentos o filme usa do musical para mostrar os sentimentos que afligem Elton John e também usa de fantasia em outras cenas pra mostrar ao público que assiste, como as coisas se passam na cabeça do artista. Um ponto importante a destacar é o drama presente no filme, e como os atores fazem bem essas cenas, passando credibilidade para quem está assistindo.
Nada disso seria possível se não houvesse um ator que pudesse chegar a altura do fenômeno que foi o Elton John nos anos 70, e a escolha de Taron Egerton foi perfeita para o papel. Arrisco a dizer que ele como Elton John está melhor do que Rami Malek como Fred Mercury.
O roteiro permite que vejamos, muito mais camadas do artista e nos aproxima de todos os sentimentos vivenciados por ele.
Gostaria de destacar também a atuação do Jamie Bell que interpreta o compositor e melhor amigo de Elton, o Bernie Taupin, que tem momentos incríveis contracenando com o Taron.
A fotografia do filme é impecável, muda conforme o momento do Elton no filme se tornando bastante colorida e luminosa nos momentos de glória e em momentos mais introspectivos ela se torna mais acinzentada perdendo o brilho. Nos trazendo a reflexão que enquanto ele não está no palco cercado do glamour ele perde a vida e seu sentido. Já o figurino é digno de Oscar! Porque foi reproduzido com maestria, retratando a simbologia que tornava Elton um artista único quando subia aos palcos.
Rocketman O Filme, com certeza será bastante lembrado na temporada de premiações, não só pela sua plenitude mas também por atuações primorosas.